Como atuar em situações de bullying
O Bullying é um problema que afeta gravemente a vida escolar. O que é afinal o bullying, como se pode prevenir e como se deteta? Quais são as suas consequências?
O bullying é um problema que afeta gravemente a vida escolar. Ouvimos frequentemente falar de casos de assédio moral infanto-juvenil e parece ser difícil encontrar uma solução para este problema. O que é afinal o bullying, como se pode prevenir e como se deteta? Quais são as suas consequências?
O que é o bullying?
Bullying pode definir-se como um conjunto de atos de violência nas suas vertentes física, psicológica ou mental que um indivíduo ou um grupo exerce sobre outro (ou outro grupo) de forma reiterada e intencional. A sua forma repetida e intencional é uma das características que nos ajuda a distinguir as várias formas de bullying de um conflito pontual e sem gravidade de maior. Convém sublinhar que nem todos os conflitos entre alunos podem ser chamados de bullying: a existência de conflitos e normal e até saudável, sempre e quando se encontrem formas ajustadas de os resolver, funcionando como um meio de desenvolvimento pessoal.
O bullying é transversal a diferentes contextos sociais e apenas uma observação atenta das relações entre os estudantes pode fornecer pistas sobre a sua existência.
Pode falar-se de duas formas de bullying:
- Forma direta: existem agressões físicas ou verbais evidentes;
- Forma indireta: agressões mais subtis que podem incluir roubos, criação de boatos acerca da vítima, movimentos de exclusão ou isolamento da vítima por parte dos agressores.
Como detectar o bullying?
Existem alguns sinais que podem ser reveladores de se ser vítima deste tipo de agressões:
- Alterações de humor: a criança ou jovem parece estar mais triste e preocupado.
- A criança ou jovem isola-se e parece alheia ao exterior;
- Irritabilidade e alterações de sono e apetite;
- Absentismo escolar ou tentativas no sentido de evitar a escola ou o que se relacione com o contexto escolar;
- Existência de marcas físicas ou objetos (incluindo roupas) estragados;
- Alterações nos resultados escolares, que tendem a piorar;
- Vitimização de colegas mais novos (é um fenómeno que pode acontecer em cadeia sendo que a vítima se transforma em agressor).
No entanto, nada substitui uma enriquecedora conversa com a criança ou com o jovem no sentido de averiguar o que se está a passar.
O que fazer?
Se acha que o seu filho ou filha pode estar a ser vítima de bullying, é muito importante ter uma conversa séria e tentar mostrar que está disponível para ajudar e compreender o que se passa (e que está presente seja qual for o problema).
Tentar perceber o que se passa exatamente, quando e em que termos, e, ao mesmo tempo, explicar que não é sua culpa ser vítima de bullying. Do mesmo modo não se deve relativizar ou tirar importância ao que está a acontecer já que esta é, por si só, uma situação causadora de grande sofrimento.
Falar na escola do que se está a passar, de modo que se possa fazer uma intervenção adequada, onde se inclua também o bully. É crucial perceber todos os lados da questão para se poder agir adequadamente.
Um dos maiores fatores de fragilidade para uma vítima está no isolamento. Assim, tente promover com o seu filho contactos de qualidade junto dos seus colegas para, assim, poder evitar situações mais graves. O repúdio deste tipo de violência por parte dos pares faz com que os atos de bullying enfraqueçam ou até cessem.
As informações publicadas por MundoPsicologos.pt não substituem em caso algum a relação entre paciente e psicólogo. MundoPsicologos.pt não faz a apologia de nenhum tratamento específico, produto comercial ou serviço.
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