Gratidão, porque é tão importante?

O sentimento de gratidão é um dos mais benéficos para o nosso bem estar psicológico. A gratidão permite de valorizar os nossos esforços e o nosso mérito pessoal em tudo o que temos e construímos.

4 SET 2024 · Leitura: min.
Gratidão, porque é tão importante?

Gratidão – porque é tão importante? Como ela nos permite de evoluir?

A gratidão é um sentimento associado ao bem estar e à plenitude. É um sentimento extremamente positivo que permite de desenvolver por si só benefícios para a saúde emocional, mental e física.

A gratidão está na maior parte das vezes ligada diretamente ao agradecimento por um serviço que nos foi prestado por alguém. Esta é a forma da gratidão para com os outros.

No entanto, nós podemos estimular o sentimento de gratidão, sendo gratos para conosco mesmos.

Reconhecendo que todos os dias realizamos tarefas que nos permitiram de cuidar de alguém, de melhorar a vida de alguém, de ajudar no crescimento de alguém etc.

Esta forma de valorizar os nossos atos e de reconhecer com autenticidade os nossos esforços, dedicação, amor, amizade, levam-nos ao bem estar e a sensações físicas de paz e serenidade.

Na nossa sociedade, é muito comum valorizar-se os bens materiais e buscarmos sempre mais a aquisição do último produto na moda pois ele nos permitirá de aceder aquele estado de bem estar que ainda não alcançámos.

Esta busca de auto valorização através de tudo aquilo que é externo a nós provoca ansiedade e tristeza, pois podemos não conseguir adquirir esse bem material «tão recomendado". Ela afasta-nos do sentimento de gratidão e aproxima-nos do sentimento de competição.

Gratidão e processo de crescimento interno

A tomada de consciência de que possuímos tudo o que precisamos para vivermos de forma plena é em grande parte conseguida pela prática da gratidão.

Atenção, isto não quer dizer que nos devemos resignar à existência que temos!

Todos nós, como seres humanos aspiramos a mais e melhor sempre! É perfeitamente saudável mentalmente que assim seja.

A gratidão é um passo fundamental para o reconhecimento de todos e de tudo que está presente na nossa vida atualmente e perceber o processo que nos permitiu de evoluir até agora.

Como se conectar com o sentimento de gratidão?

A gratidão nasce de momentos simples da vida. De sensações de comunhão com a natureza, de paz interior, no agradecimento sincero de um amigo por algo que foi partilhado etc.

Porque todos atravessamos momentos mais difíceis em que este sentimento parece inalcançável é na prática da meditação (atenção plena / viver o aqui e agora) que podemos novamente conectar com este sentimento. Esta técnica mais conhecida como Mindfulness (técnica desenvolvida por Jon Kabat-Zinn*, professor de medicina jubilado na Universidade de Massachusetts) permite de recentrar a nossa atenção no nosso estado presente, conectados unicamente com o "aqui e agora". Na experiência física e emocional do que apresenta a nós a cada instante. Quando praticado regularmente permite de encontrar "janelas" de bem estar e de plenitude. Acalmando pensamentos negativos e fazendo-nos sair dos ciclos incessantes que estes sabem criar.

Alargar o campo da gratidão até ao infinito.

A gratidão sentida pode estar ligada a algo conquistado por nós mesmos, ou aos que nos rodeiam diretamente. Esta forma de gratidão é a mais direta e fácil de acesso. No exercício da gratidão procuramos alargar o campo deste sentimento o mais longe possível. Abrangendo assim nos nossos pensamentos todas as pessoas que conhecemos e também os desconhecidos. Esta forma de gratidão é mais complexa e causa mutas vezes admiração nos exercícios de Mindfulness. O objetivo é de nos percebermos como fazendo parte de um todo (família, sociedade, país, cultura etc).

Todos os dias um pequeno pensamento de gratidão para conosco mesmos traz benefícios e ajuda o bem estar emocional.

Pode ser realizado através de um simples pensamento de agradecimento por tudo o que se realizou ao longo do dia.

Referências bibliográficas:

Kabat- Zinn, J. (2005) L'éveil des sens. Les Arènes,

Kabat-Zinn, J. (2012) Où tu vas, tu es. JC Lattès

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Escrito por

Ana Ferreira Pereira

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