Tenho um parente próximo no hospital e eu não consigo me importar, não ligo pra nada, pra mim e como se fosse um dia comum, e isso eu não acho normal não consigo sentir compaixão, tipo como eu não consigo ligar ou se importar pra uma pessoa que está quase morta em um hospital?
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Olá Higor,
Muito obrigada pela sua partilha! É notória uma grande maturidade pela forma como se preocupa com o bom funcionamento da sua regulação emocional. A verdade é que não há uma resposta certa para a sua questão, podem ser várias as razões pelas quais não reagimos a situações que provocam emoções difíceis, a mais comum é o evitamento. O evitamento tem até certo ponto um papel protetor ao proteger-nos do sofrimento, por exemplo, se soubermos que uma determinada rua é perigosa, é protetor evitar caminhar por lá. Mas facilmente também se torna muito limitante e deixamos de viver a nossa vida da forma que gostaríamos. É difícil avaliar a principal razão por detrás desta atual "apatia emocional" e talvez a terapia tivesse um papel importante em compreendê-la.
Estarei ao seu dispor para o que precisar.
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Caro Higor,
Obrigada pela sua partilha. Uma situação particular, não deve ser generalizada para toda a sua forma de funcionamento.
A forma como cada um lida com as emoções é única., não existe por isso uma formula preestabelecida sobre que emoção sentir nem como a vivenciar em cada situação. Dito isto, parece-me que de tão intensa que seria a emoção que iria experienciar, a sua mente, para se proteger, teve necessidade de se "fechar".
Poderá ser importante recorrer à intervenção psicológica para se poder conhecer melhor ao mesmo tempo que ganha recursos para lidar com as emoções.
Estou ao seu inteiro dispor.
Joana Melo da Silva
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Olá Higor Isaac!
Antes de mais parabéns pela sua capacidade de auto-reflexão. Há muitos motivos para não entrar em contacto com uma dor que acha que deveria estar a sentir. As vezes, a nossa mente encontra mecanismos para nos proteger. Se essa queixa for extensivel a outras situações, talvez fosse útil procurar aprofundar essa compreensão.
Abraço Vera Teixeira
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